terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Castelos de areia

Não sou particularmente efusivo em relação ao Natal pois não me revejo nas incoerências que esta quadra representa. Na minha perspectiva, não deveria existir uma época do ano onde as pessoas tentam ser boas, tentam ser positivas, alegres, cumprimentam-se umas às outras, desejam felizes festas, andam com um sorriso fácil, juntam-se em comemorações, fazem fartos jantares, despendem rios de dinheiro, entre outras atitudes características. Na minha opinião o Natal não transmite a verdadeira mensagem a quem o vive, a mensagem de esperança, de união, de verdade, de amor, de comunidade, de paz. Seria bom que pudéssemos usufruir de um verdadeiro espírito de Natal, não somente nesta quadra, mas durante todo o ano. Seria bom que todas as boas acções praticadas durante este tempo tivessem repercussão e seguimento mais tarde. Seria bom que o nosso comportamento para com os demais não ruísse como um castelo de cartas, um castelo de areia após este tempo festivo. Seria bom que perdurassem os sentimentos nobres e que fosse possível que cada um de nós desse tudo o que de bom possui no seu interior. Seria bom que não fosse necessário fazer este alerta.

É lembrando-me dos mais necessitados, daqueles que não se conseguem defender, daqueles que não têm um lar, daqueles que não têm uma refeição, daqueles que não têm liberdade, daqueles que não têm amor, daqueles que não têm paz que deixo esta mensagem a todos:

Bom Natal e bom ano de 2009.

Procurem ser felizes e partilhem essa felicidade com os outros na esperança de trazer mais alegria a este mundo. Tentem colorir este caleidoscópio da vida pois as suas cores transmitem todas as emoções e sentimentos que precisamos. Sejam aquilo que querem pelo menos durante um breve momento das vossas vidas. Sonhem com aquilo que pretendem alcançar no vosso futuro. Exercitem a vossa consciência com pensamentos positivos e centrem-se apenas na vossa felicidade. Eliminem a inveja e ansiedade de dentro dos vossos corações. Facultem aos outros momentos de prazer e beleza. Digam sim. Sorriam. Amem.

...apenas somos o que somos...

Não raras vezes nos apetece chorar quando temos que rir, não raras vezes nos apetece rir quando temos que chorar, não raras vezes nos apetece fugir quando temos que ficar ou ficar quando temos que fugir, não raras vezes nos apetece gritar quando temos que calar ou calar quando temos que gritar, não raras vezes nos apetece ficar junto de alguém e não podemos ou podemos mas não queremos, não raras vezes duvidamos de nós e acreditamos nos outros, não raras vezes nos apetece saltar, cantar, brincar e temos medo, não raras vezes nos apetece agarrar, puxar, beijar e não nos deixam, não raras vezes nos apetece dormir mas temos que acordar ou acordar mas temos que dormir, não raras vezes nos apetece dizer o que pensamos mas não dizemos ou dizemos sem pensar, não raras vezes magoamos quem gostamos, não raras vezes esquecemos de pessoas importantes, não raras vezes cometemos erros infantis, não raras vezes julgamos as pessoas quando não devíamos, não raras vezes somos intolerantes ou inflexíveis, não raras vezes o nosso orgulho ofusca a solução, não raras vezes ignoramos o amor, não raras vezes rejeitamos a ajuda de alguém, não raras vezes desconhecemos o nosso caminho, não raras vezes falhamos os nossos objectivos, não raras vezes perdemo-nos nas tentativas, não raras vezes não sabemos o que fazer.

Somos Humanos, imperfeitos, fracos e cobardes, somos desleais a quem nos merece lealdade, contamos mentiras a quem nos merece a verdade, jogamos com os sentimentos de quem gostamos e dificilmente conseguimos mudar isso.

Sem falsas justificações, sem falsos argumentos, sem falsas moralidades, procuramos a perfeição própria de cada um sabendo à partida que essa utopia representa muito pouco neste caleidoscópio de luzes e de sonhos, de vidas e sentimentos que representamos todos. O que mais desejo é a felicidade e esse caminho deve ser percorrido com severidade, calmamente, espontâneamente, consistentemente, verdadeiramente, pois só assim poderemos alcançar resultados duradouros, perenes e coerentes.

Obrigado pela contribuição que tens dado na minha jornada à procura da felicidade, sem ti, tudo seria diferente, sem ti, os degraus pareceriam maiores, o caminho mais longo, o tempo mais severo e a estrada mais sombria. Sem ti, os fantasmas tomariam conta da minha consciência e arrastariam-me para as profundezas do meu ser. Sem ti, a felicidade seria apenas mais uma ilusão...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Espectro

Sempre ouvimos dizer que sozinhos não conseguiríamos sobreviver, que sem os outros não seríamos nós próprios, que precisamos das outras pessoas para ser o que somos, simples recolectores-consumidores de energia. Na verdade, poucos percebem o que essa dependência significa na realidade. Todos os seres são constituídos de energia, energia essa indispensável à nossa sobrevivência mas tão difícil de produzir pois encontra-se restrita a um pequeno número de indivíduos que habitam este planeta. Existe, portanto, um grande número de indivíduos que orbitam os geradores dessa energia e esperam, quais vampiros, sugá-la para seu proveito pessoal. E é nesse caleidoscópio de luz que irradia a grande diferença e desequilíbrio deste mundo. Enquanto uns retiram a energia dos outros e pouco dão, outros apenas dão sem receber nada em troca. Neste constante Give and Take em que todos deveríamos dar para receber em quantidades iguais, encontramos distorções e desequilíbrios capazes de fazer ruir todo um sistema assente numa rede. O mestre Lukyanenko captou na perfeição as trocas de energia entre os vários níveis de consciência que cada um consegue atingir.

Solo para ti...

Porque é que todos nós temos sentimentos que não conseguimos explicar ou compreender e muitas vezes nem queremos ter? Porque desafiamos tudo e todos para sentir coisas que nos estão destinadas desde sempre e que sem esforço obteríamos? Porque existem pessoas que apenas vivem para destruir a felicidade dos outros? Será necessário um novo dilúvio de proporções bíblicas que permita nova renovação da vida na Terra?
Eu quero ser o teu par nesta nova Arca! Quero, contigo poder ter novamente a esperança de um futuro. Tu conseguiste acordar-me de novo, acordaste-me de um sono que pensei jamais acabar. Deste-me forças, alegria, amor, amizade, carinho mas acima de tudo felicidade. Deste-me o que mais ninguém poderia dar. Graças a ti, novamente aprecio a Natureza, novamente escrevo no meu blog, novamente sorrio nas ruas, novamente respiro sem dificuldade, novamente sobrevivo e sinto ter alguma utilidade. Graças a ti sinto que poderei dar mais uma oportunidade à Humanidade. É um facto que tenho sido importante para ti mas raramente tive a oportunidade de poder dizer-te o quanto tens sido importante para mim. Sinto-me equilibrado, renascido, recuperado de um torpor que tomou conta de mim, regenerado, feliz...

"I can't take my eyes off of you... I can't take my mind off of you..."
Damien Rice

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Amar é...

O Homem é, por certo, o único ser neste planeta que não se encontra em perigo de extinção. Isso significa que ainda o teremos que aturar durante mais algum tempo. O Homem cedo tentou distanciar-se do mundo dos animais por considerar-se superior a instintos e comportamentos selvagens. Com isso, o Homem acabou por se afastar de outros comportamentos ditos animais, tais como o altruísmo, a comunhão, o amor ao próximo, entre outros. No entanto, qualquer pessoa saudável concordará que a agressividade humana, a violência praticada contra os seus semelhantes, a destruição dos seus lares, a poluição, a guerra, a escravidão, as experiências da indústria cosmética, o aborto como solução final, o racismo, o desprezo pelos direitos dos oprimidos, a exploração cultural e o genocídio, só para exemplificar alguns, são comportamentos muito mais animalescos mas praticados impunemente pelo Homem. Já os animais, resumidos a uma tentativa inglória de sobrevivência em relação ao maior predador de todos os tempos, o Homem, cada vez mais empurrados para espaços minúsculos de terreno para que a sede de poder e a ganância humana possam imperar, ainda conseguem surpreender-nos com comportamentos verdadeiramente notáveis, exemplos de amor, afecto, compaixão, amizade, gratidão e altruísmo. Não há dúvida que os animais são irracionais...Qual o ser racional capaz de sofrer nas mãos de outro o que algumas espécies animais sofrem e ainda assim continuar a viver de forma selvagem e pura? O Homem não precisa de tanto para exterminar meio mundo!

Deixo três exemplos inesquecíveis de toda a beleza deste mundo, estes sim são dignos de serem vistos e revistos! Ainda temos muito para aprender com os animais...




Termino com uma citação que me marcou desde a primeira vez que a vi quando criança:

"Chegará o dia em que o homem conhecerá o mais íntimo dos animais. Nesse dia qualquer crime cometido contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade."
Leonardo da Vinci (1452-1519)

Que saudades tenho do meu futuro!

sábado, 6 de setembro de 2008

Até amanhã!

Desde crianças enfrentamos uma realidade que se apresenta perante nós sem qualquer escolha, quando chegamos já o comboio encontra-se em andamento e muitas vezes acabamos por perder o barco. Por essa altura, ainda não temos forças pra lutar e não saberíamos escolher as nossa posições. As nossas experiências vão sendo criadas na maior escuridão que existe, a escuridão de que falo é a ignorância, o desconhecimento. Sem saber bem o que fazer, acabamos por fazer algo, nem sempre o correcto e muitas vezes fazemos o que alguém nos aconselha. É certo que alguma coisa acabaria por sair do meio dessa confusão, e sai. Sai um ser humano com cabeça, corpo e membros. Mas, com o tempo, o corpo começa a pagar o preço exigido por uma vida de tentativas e erros, por uma vida de constante indefinição, por uma vida de contrastes, por uma vida limitada a coisas e ilimitada a outras. Mas o que é mais importante, é o preço que a nossa cabeça paga. O medo, angústia, desespero, indiferença, inveja, intolerância, a ansiedade, ciúme, raiva, dor, insegurança, a moral, as desilusões, tristezas, ausências, distâncias, saudades, a solidão, tomam a nossa alma de assalto e destroem o que temos cá dentro com uma violência e eficácia nunca antes experimentada. Tal como uma explosão nuclear, a nossa cabeça entra num cogumelo de emoções e sensações difíceis de controlar e é nesse momento que se instala a depressão. E é nesse momento que nos sentimos como num pântano, sozinhos na escuridão, a ser sugados devagarinho, a vida toda a desaparecer, não conseguimos pensar em nada e só sabemos uma única coisa: ninguém nos virá salvar porque ninguém sabe que estamos lá... E nesse momento que sentimos a vida esvair-se por entre nós é que nos sentimos incapazes e sem forças para tentar lutar contra os demónios da nossa cabeça. Eles estão lá, não os vemos mas sentimos. Não pedimos ajuda porque não temos a quem, ou quando pedimos não obtemos nenhuma resposta adequada. E só nos resta lutar sózinhos, sem forças, apenas lutar, quase por instinto. E cada dia que passa é mais uma vitória... Parabéns, somos todos campeões, somos todos vencedores... Até amanhã!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Mas morre...

O verdadeiro sol que ilumina a nossa vida é a Esperança. A realidade é outra coisa bem diferente. A Esperança é o que nos dá forças para, mesmo depois de tanto sofrimento, continuar a lutar. Mesmo vivendo neste mundo de desgraças, desigualdades, destruição, desespero e outros des, continuamos a acalentar a Esperança de um futuro melhor. A acreditar na Humanidade. E assim é a décadas e décadas e julgo que ainda passarão mais algumas. A Esperança, dizem, é a última a morrer. E isso é importante, a realidade é bem diferente. Na realidade, vivemos na Esperança de que a Esperança seja a última a morrer. Precisamos de um mundo onde, por mais factos negativos que nos surjam, acreditamos sempre que o destino final será diferente. Os nossos mundos são povoados de imperfeições na imperfeição de um Mundo que, em certos momentos, nos parece perfeito. O sol brilha pra todos, a Esperança perdurará para sempre em nós. Tudo depende da nossa imaginação, do optimismo e também da capacidade crítica para lidar com os nossos sonhos e expectativas. Ninguém tem o direito de acabar com os nossos sonhos, pelo menos essa é a nossa Esperança. E também não temos o direito de não sonhar pois essa foi uma conquista que a Esperança de muitos não deixou morrer. A vida é feita de simbolismos místicos e obedece a uma geometria perfeita onde todas as coisas acabam por se encaixar como um complicado puzzle que se completa no fim. No puzzle da vida, a Esperança nos guiará sempre em direção ao caminho da felicidade, da paz, da justiça, da verdade, do amor, do bem. Pelo menos essa é a nossa Esperança...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

...

"Dizem que o tempo sara todas as feridas. Talvez seja verdade. Mas há feridas que parecem não sarar. Sangram, vertem pus, voltam a sangrar, surpreendem-nos a magoar a alma quando esta já deveria estar habituada e imune a tanta dor. É certo que, às vezes, essas feridas acalmam, como as marés que recolhem a água e recuam para o mar alto: mas, tal como as marés, regressam depois, revigoradas, pujantes, invadindo de novo a praia e fazendo sentir o fulgor da sua presença, o ímpeto do seu regresso."

José Rodrigues dos Santos
A Ilha das Trevas

De quem é a culpa?

Este é mais um fenómeno característico do ser humano. A Agressividade é natural, existe mesmo, não sendo exclusivo do ser humano. Os animais também possuem Agressividade, até os peixes são agressivos. A Agressividade é necessária, sem ela não seríamos o que somos, sem ela não conseguiríamos ser adultos capazes de sobreviver. Os animais utilizam a Agressividade para competir pelo alimento, competir pelo parceiro sexual e competir pelo habitat. O Homem tem usado a Agressividade para agredir o seu semelhante e quem sofre com isso são as pessoas que se encontram em posições enfraquecidas, normalmente mulheres e crianças que por serem ainda dependentes de alguma forma, acabam por sofrer as consequências de um comportamento criminoso que a pouco e pouco tem-se tentado erradicar da sociedade.

Mas como se poderá erradicar um comportamento se ele faz parte de nós? Se é verdade que a Agressividade é necessária, a forma como a utilizamos não tem sido a mais correcta. E isso transparece no comportamento que vamos deixando à nossa volta. Sempre se soube que comportamentos agressivos produzem mais comportamentos agressivos mas a política do "olho por olho, dente por dente" está de tal maneira enraizada que mais não fazemos que seguir cegamente o caminho que nos foi posto à frente pelos nossos modelos.


Na verdade, cabe a cada um de nós fazer um esforço verdadeiro para que este fenómeno da violência doméstica passe a pertencer apenas a más recordações. Se é certo que muito tem sido feito para debelar esta chaga, ainda muito pode e deve ser feito para que se possa viver num mundo digno de se chamar civilizado.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Anorexia e Bulimia

Como se fosse necessário dizer mais alguma coisa sobre este tema, os vídeos que se seguem encarregam-se de o fazer.

As preocupações inerentes em casos como este tipo de perturbação prendem-se exactamente com o facto do afectado não ter consciência da sua patologia, permanecendo num estado de degradação até que alguém exterior tome conta da situação.

Apenas desejo que este post sirva de alerta para as terríveis consequências que esta perturbação provoca no corpo e mente humana.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Para reflectir...

Como é possível nós deslocarmo-nos fácilmente sobre a terra? Pelo facto de a terra ser dura, resistente. Se tentares avançar em areias movediças serás engolido. E como é possível os barcos deslocarem-se na água? É porque a água também resiste. Ela não resiste tanto como a terra, é certo, mas, ainda assim, é graças à resistência do meio líquido que os barcos vão de um ponto a outro. E é também graças à resistência do ar que os aviões conseguem elevar-se e voar no céu. Então, como estás a ver, seja na terra, na água ou nos ares, as deslocações, as possibilidades de avançar, são devidas a uma certa forma de resistência. E o mesmo acontece no domínio psíquico. Então, no dia em que tiveres compreendido a utilidade desta resistência que as dificuldades e os obstáculos representam, não só já não te queixarás, como verás neles somente ocasiões magníficas para avançar. Dirás: «Mas eu posso recusar avançar!» Sim, podes, mas então serás esmagado, espezinhado. Porque avançar é a lei da vida.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Óleo Vermelho...

Eu mais do que ninguém sou a favor das diferenças culturais como traços indicativos das individualidades de cada sociedade, formas de expressar os seus comportamentos ancestrais e meios de aprendizagem às gerações vindouras. Eu sei que existem sociedades actualmente que praticam autênticos crimes aos direitos dos seres humanos. Como exemplo, temos a ablação do clitóris em países de África e do Sudeste Asiático como a Malásia e Indonésia e mesmo dentro das fronteiras europeias. Deixemos-nos de coisas e não esqueçamos o que os nossos antepassados europeus praticaram no seu auge. A Inquisição vigora hoje como um dos maiores atentados contra a Humanidade, as Cruzadas ou "Guerras Santas" serviram de desculpas à ganância de muitos, a guilhotina, a câmara de gás, os fuzilamentos, as duas grandes guerras, os campos de concentração, a escravatura, entre outros, são exemplos de crimes praticados pelos europeus. E levámos centenas de anos até chegarmos onde chegamos e mesmo assim não é suficiente. Mesmo assim, vivemos sobressaltados que a qualquer momento nos surja um novo Hitler, Franco, Mussolini, Stalin, Tito, Chausesko e outros, só referindo a Europa. E porque? Porque sabemos que a Humanidade anseia por desgraças, anseia por sangue, lutas, guerras, mortes, violência, destruição, dor!
Neste post, todos terão a oportunidade de observar até onde a Humanidade é capaz de chegar para infligir a dor àqueles que despreza! O vídeo que se segue apresenta uma jovem que mais não fez do que tentar a sua felicidade. O seu crime? Lutou contra as leis da sua sociedade. E o seu castigo? Morrer, mas não morrer apenas. Esta jovem foi morta aos pontapés e às pedradas por pessoas da sua família e do seu clã. Esta jovem foi morta pelas pessoas que juraram protege-la contra as adversidades do mundo. Esta jovem foi morta pelas pessoas que deviam amá-la acima de qualquer coisa. Esta jovem foi morta à pedrada! E os oficiais de polícia que estavam presentes apenas observaram. Isto tudo passou-se no Iraque mas podia ter sido noutro local qualquer. Esta pratica milenar já se encontrava descrita na Bíblia e continua até os dias de hoje. Não seria isto motivo mais forte para uma intervenção armada do que simples barris de óleo negro?
Aviso mais uma vez para que NÃO VEJAM ESTE VÍDEO!!!




Será esta mais uma prova da existência de Deus?

domingo, 13 de julho de 2008

Seremos deuses de nós próprios?

O Cristianismo apresenta-se actualmente como a principal religião da esfera terrestre. Não em número de fiéis mas sim graças à disseminação pelo mundo. Contudo, o Cristianismo encontra-se longe de se poder representar como a religião mais antiga do mundo. Já antes, muito antes, houveram deuses, e deusas, e cultos e ritos. O Homem, centenas, milhares de anos antes já possuia religiões, mais ou menos organizadas em torno de um ou mais deuses. A religião não é una, é estratificada. Sabendo haver inúmeras religiões actualmente e somando as religiões do passado, poderemos dizer que somos fruto de um deus ou serão os deuses fruto do que somos?
Na verdade, desde sempre o Homem sentiu a necessidade de se expressar livremente no Cosmos mas o Cosmos é imenso, talvez infinito e as dúvidas surgiram. E sem respostas o Homem foi vivendo e morrendo, vivendo e morrendo, até que, mais dúvidas surgiram: quem somos, onde estamos, para onde vamos, como viemos aqui parar, onde está Wally, etc. Não havia nada mais lógico do que criar um ser superior imaginário, inacessível e invisível para explicar todas as dúvidas que surgissem na mente humana. E as dúvidas iam surgindo e eram explicadas uma a uma com base em interesses individuais e depois colectivos das sociedades. E certos e determinados ramos da sociedade foram ganhando poder apenas pelo facto de se auto-denominarem próximos do seu deus. E assim foi, Gregos, Romanos, Egípcios e outros possuiam religiões politeístas onde cada divindade possuia dons e características apropriadas a cada circunstância. Este é o exemplo maior do que a religião foi capaz de produzir na ganância Humana. Não era suficiente um deus, teriam de ser muitos para colmatar uma cada vez maior necessidade de satisfação pessoal. Mas se cada sociedade possuia os seus próprios deuses significa então que deus existe? Ou será que demonstra apenas que o Homem criou deuses para satisfação pessoal e como diversão às dúvidas crescentes de uma sociedade mais informada? Será que hoje podemos ser considerados mais inteligentes ou melhor informados que os nossos antepassados? Então porque continuamos a viver com criações de alguns a centenas de anos atrás? Se de facto foi o Homem quem criou o seu deus, então porque não poderemos criar um novo deus? Um deus mais moderno, um deus mais perfeito, um deus uno, um deus real! E porque não podemos apenas, ser deuses de nós próprios?

sábado, 5 de julho de 2008

Humanidade?

Penso sinceramente que nesta altura do campeonato, todos nós conseguimos discernir o certo do errado, o bom do mau, o que devemos ou não devemos fazer, quando prejudicamos alguém ou mesmo quando nos prejudicamos a nós próprios. Penso sinceramente que todas as dúvidas que existem podem ser respondidas, pelo menos se forem procuradas no íntimo de cada um. Penso sinceramente que as pessoas possuem capacidades fantásticas que lhes permitem encontrar sempre o caminho da Luz mesmo no mais negro de todos os nossos pesadelos.
Mas também tenho dúvidas, e tenho dúvidas que nunca vou conseguir responder... Como é possível que se possa passar coisas como estas?
Não vou comentar mais, apenas deixar um aviso: NÃO VEJAM ESTE VÍDEO!
Não deixem de passar pelo site da PETA: http://www.peta.org


domingo, 22 de junho de 2008

Não desistas

Um dia, quando te vires desprovido de todas as tuas forças, luta! Quando te vires desprovido dos teus amigos, luta! Quando te vires desprovido da tua família, luta! Quando te vires desprovido de dinheiro, luta! Quando te vires desprovido de um tecto, luta! Quando te vires desprovido de trabalho, luta! Quando te vires desprovido de esperança, luta! Quando te vires desprovido de amor, luta!

E se um dia te vires desprovido de tudo isso ao mesmo tempo, não pares de lutar!

Verás que conseguirás atingir os teus objectivos e nesse momento, sentirás o teu valor e perceberás que esse tudo não passou de nada. E se nesse momento sentires que tu és mais importante, aproveita!

Charles Chaplin

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei decepcionar, mas tambem decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já ri quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
já "quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei a ouvir música e a ver fotos,
já liguei só para ouvir uma voz,
já me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade,
tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)!
Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida...
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante."

terça-feira, 17 de junho de 2008

Como uma rocha...

Na nossa sociedade actual, vivemos iludidos com um conceito muito particular: "ter" para "ser"! E será esse ter que nos permitirá ser felizes. Ora, esta ideia baseada em crenças e valores caducos e sem qualquer raiz lógica, nada mais faz do que aprisionar os nossos espíritos. Mais, esta ideia é indigna de seres que se acham racionais. O Homem clama para si mesmo, sim porque não existe nenhum outro ser que possa compreender, o epíteto de animal racional, no entanto, de animal temos muito pouco e de racional não temos nada. Em primeiro lugar, o Homem encontra-se desprovido dos sentimentos mais nobres, sendo estes largamente ultrapassados pelos sentimentos de ganância desmedida, ambição desmesurada, inveja, arrogância, entre outros. O Homem extermina os seus semelhantes devido a jogos de poder e demonstrações de força. Na verdade, apesar de em termos fisio-anatómicos sermos animais, o Homem está tão próximo dos animais como uma rocha. E este exemplo não foi escolhido ao acaso, a rocha, como ser inanimado desprovido de movimento parece ser muito mais racional do que o ser humano. Senão vejamos, quantas guerras as rochas causaram entre si? Qual o papel das rochas na desflorestação do mundo e redução dos habitats de espécies em perigo de extinção? E outras perguntas que poderia fazer e que já sabemos de antemão as suas respostas. Em segundo lugar, a moral criada pelo próprio Homem vem, mais uma vez aprisionar o espírito e o corpo e transportar-nos para um mundo artificial, não natural, cujo único intuito é a separação inequívoca do mundo animal que garbosamente clamamos em pertencer. Esta separação inultrapassável entre os dois mundos que naturalmente parece tão nobre mas que só atinge real nobreza aos olhos da moral humana, é que nos impede de sermos portadores do estandarte da felicidade. Essa imposição na hora de escolher o que fazer e dizer e ser e pensar impede a nossa real felicidade. E se te pensas feliz fazendo o que os outros querem, desengana-te! O que a natureza demorou milhões de anos a unir o Homem consegue apagar em algumas décadas. Não é de espantar que sejam cometidos tantos atropelos aos direitos dos animais se também são cometidos tantos crimes contra a Humanidade.
Deixem-nos ser felizes!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Desigualdades

"Vivemos num mundo cheio de desigualdades", esta é uma frase batida. Não pretendo, no entanto, falar daquilo que já foi falado diversas vezes, quero falar de outras desigualdades.
As desigualdades podem ser várias, começando pelo conhecimento, alguns têm bons conhecimentos mas não sabem como usá-los, outros têm conhecimentos que não servem para nada, algumas pessoas são boas mas não têm ninguém, outros têm tudo mas acabam por perder, algumas pessoas são velhas quando são novas e novas quando são velhas, algumas pessoas querem dar mas não têm, outros têm mas não querem dar.
Deixemos-nos de divergências, de desigualdades e lutemos todos pelos mesmos ideais, é necessário uma convergência de esforços astronómica para erradicar deste mundo variáveis que têm alterado o resultado desta equação. A fome, a miséria, a dor, o sofrimento, a guerra, tudo isso pode acabar e todos nós sabemos como. Dentro de nós reside a esperança mas também a solução para os maiores problemas que a humanidade atravessa.
É necessário um esforço real e contínuo e isso só será conseguido se conseguirmos ser pessoas diferentes. Não podemos continuar a viver nesta selva e sermos egoístas para sempre. Temos que aproveitar as coisas boas da vida, dar valor ao que temos e perceber que as gerações que virão também têm o direito de usufruir do mesmo que nós.
O nosso papel nesta história não se pode resumir a meros espectadores de um gigantesco Big Brother. Urge aqui uma intervenção mais que divina, urge aqui uma intervenção terrena.
Uma grande amiga escreveu uma frase que me deixou pensativo: "Sonhar como se fosse viver para sempre. Viver como se fosse morrer hoje." O que estás à espera? Faz a tua parte!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

E=mc²

O Tempo é relativo. Já todos perceberam isso. Existem três tempos: Passado, Presente e Futuro.
Todos temos de viver em algum desses tempos.
No presente, sem preocupações com o passado e sem objectivos ou ambições futuras, sem motivações, sem relações, não conheço ninguém. Não acredito que haja viabilidade neste tipo de vida. Essa é uma vida selvagem, animal, irracional, característica de seres sem raciocínio e sem responsabilidades.
Existem outros dois tipos de Vida.
A Vida no passado, excessivas preocupações com assuntos relacionados com o passado de cada um e com poucas ou irrelatadas ambições e objectivos. Pessoas com medo de enfrentar o futuro, inseguras, tímidas até, convenientemente fechadas em si mesmo e que não permitem que outras pessoas se aproximem, relações complexas com outras pessoas e dificuldade em fazer amigos.
A Vida no futuro, pessoas ambiciosas e com objectivos pouco definidos, sempre com novos projectos mas sem conseguir encontrar o mais adequado, lutadoras e dinâmicas, entusiasmantes e líderes.
Todos temos o direito de escolher o nosso modo de viver, mas sem esquecer que as nossas escolhas vão provocar efeitos e novas opções que nos podem arrastar a caminhos que não desejamos e que muitas vezes já não sabemos muito bem como voltar atrás.
Eu sempre me enquadrei na vida vivida no passado, não por escolha consciente mas sim por determinações da fórmula causa-efeito-causa. Na verdade, o esforço necessário para se conseguir saltar no tempo é apenas comparável a uma explosão nuclear interior. Mas é uma explosão cheia de cargas positivas e muito pouco destrutiva, se efectuada de forma consciente.
Estou a atravessar um novo tempo, algures entre o passado e o futuro e espero libertar-me do passado definitivamente. Vale a pena! Não desistam é o meu conselho. Pensem que pelo menos, a chave para perceber o passado encontra-se no futuro. Tempo e espaço existem lado a lado!

COINCIDÊNCIAS?

Vivemos no planeta Terra, isso é um facto. O Universo é enorme, talvez infinito, e há quem diga que existem vários universos. As perguntas são muitas: quem somos nós, como viemos aqui parar, existirão seres como nós espalhados pelo Universo, existirá vida fora da Terra, e talvez mais importante, existirá vida inteligente fora da Terra? Na incapacidade lógica de respondermos a essas perguntas de uma forma indubitável, fomos vivendo durante séculos e séculos de alterações nefastas à nossa Humanidade. Passamos por sucessivas eras de Trevas e Guerras estúpidas e inconsequentes que tiraram inúmeras vidas humanas e desgastaram o nosso Planeta até os dias de hoje.
A verdade é que somos frutos de coincidências físicas extraordinárias desde o Big Bang e a formação da matéria até inúmeras outras condições que permitem a vida neste Planeta exausto. Não sabemos ainda bem como tudo aconteceu, mas parece que algo de muito estranho emergiu do meio do Chaos, condição essencial para se chegar onde se chegou, e tal como a profusão de cores num caleidoscópio, a profusão de informação pelo espaço recém criado, permitiu em última instância a vida complexa como a conhecemos.
Somos fruto de coincidências físicas extraordinárias que permitiram a nossa existência!
Então para que as guerras, a fome, a devastação, a ignorância, a ambição de poder, o egoísmo, o desprezo pela natureza e pelo ser humano?
Somos fruto de coincidências físicas extraordinárias que permitiram a nossa existência! O Universo compactuou e convergiu para a vida neste planeta e como é que pagamos essa ajuda preciosa? Tentando destruir o nosso planeta e destruir a raça humana?
Vivemos num constante Big Bang onde a matéria ainda se está a formar e ainda nos resta algum tempo, o Universo ainda está a expandir-se e a formar novas estrelas, galáxias e talvez vida. Até quando vamos demorar a perceber que temos todos os argumentos para sermos felizes sem precisarmos andar envolvidos nestas disputas bárbaras e inconsequentes?
Sejam felizes, procurem a felicidade, ajudem os outros a ser felizes, sejam felizes…
Dias mais coloridos a todos!

“Os dias não são tristes por serem cinzentos
ou alegres por serem de sol.
Eles reflectem, apenas
o que temos dentro de nós.”

EFEITO BORBOLETA

Após o estabelecimento da teoria do efeito borboleta, largamente aceite pela comunidade científica em geral, compreendemos melhor o que se passa ou passará no nosso planeta. De facto, se um ligeiro bater de asas de uma borboleta pode causar tão graves danos do outro lado do mundo, isto não significa mais do que estarmos completamente desgovernados e não termos outro remédio que não seja defendermo-nos das ameaças que se nos deparam da melhor maneira possível.

Mas no meu entendimento, o efeito borboleta tem um sentido mais lato do que o referenciado pelos escolásticos. O efeito borboleta pode e deve ser generalizado a todos os quadrantes da vida na Terra, servindo como causa original mas gerando sucessivos e incomensuráveis efeitos que gerarão novas causas numa infindável propagação de transformações irreparáveis. Assim, este constante causa-efeito-causa revela o que realmente se passa no nosso planeta e mesmo nas nossas vidas. Todos os efeitos tiveram uma causa e esses efeitos vão gerar novas causas e assim sucessivamente com tendência para o infinito. A nossa vida está determinada pelas escolhas que fizemos e opções que tomámos e se pensarmos que somos livres de escolher, só o somos baseados nas escolhas que temos à nossa frente derivadas das opções anteriores. Entendem?

Foi a pensar nas tragédias recentes no Myanmar e Sichuan que escrevo este texto. A eles quero prestar a minha homenagem mais sincera. Aos mortos, desejo paz eterna, aos sobreviventes desejo dias mais coloridos neste caleidoscópio da vida.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O caminho para o despertar

O caminho para despertar através das Quatro Nobres Verdades:

A primeira é a constatação de que a condição humana é sofrimento. Esse sofrimento emerge da Segunda Nobre Verdade, que é a nossa dificuldade em encarar o facto básico da vida, o de que tudo é transitório. Todas as coisas nascem e morrem. Nós sofremos porque nos agarramos ao sonho da vida, às ilusões dos sentidos, à fantasia de que é possível manter tudo como está, e não aceitamos que o mundo é um rio que passa. É esse o nosso karma. Vivemos na convicção de que somos seres individuais, quando na verdade fazemos parte de um todo indivisível.
A Terceira Nobre Verdade estabelece que é possível quebrar o ciclo do sofrimento, é possível libertarmo-nos do karma e atingir um estado de total libertação, de iluminação, de despertar. O Nirvana. É aqui que a ilusão de individualidade se desfaz e nasce a constatação de que tudo é uno e que nós fazemos parte do uno.
A Quarta Nobre Verdade é o óctuplo caminho sagrado destinado à supressão da dor, à fusao com o uno e à elevação ao Nirvana.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Solidão

A Solidão, esse mal que nos aflige a todos em diferentes fases da nossa vida, todos sabemos o que é.
A Solidão vem sempre acompanhada de uma voz sem som ou um som sem resposta.
A Solidão é estar sozinho.
A Solidão é não ter ninguém.
A Solidão é não ter com quem falar.
A Solidão é vazio.
Mas a pior solidão de todas é quando não estamos sozinhos mas é como se estivéssemos, é quando temos alguém mas é como se não tivéssemos, é quando falamos mas ninguém nos ouve, e mesmo acompanhados o vazio está lá. A pior solidão é sentires-te ignorado pelos que estão a teu lado.

Tropecei nela
Senti torcer-se-me o coração,
Mas, a dor..., essa dor, era tão forte
Dor de Alma, dor de Coração, dor de Amor
Dor de Ausência, dor de Paixão, de Desamor
Dor, dor, dor!
Duas lágrimas, teimosas, rolaram
Caíram no chão
Essa dor, eras tu
SOLIDÃO


domingo, 4 de maio de 2008

Apego

" Todos os dias, a vida dá-nos a possibilidade de restabelecermos prioridades.

Todos os dias, a cada hora, o Universo reharmoniza o que está descentrado. Tudo o que não está no eixo será modificado pelo sistema energético.
Em cada dia que pensas que possuis algo, mesmo que seja de uma forma inconsciente, o Universo prepara-se para to retirar.
Mesmo que não percebas, a cada instante estás a apegar-te a algo. A cada instante com esse apego, estás a deixar de ser livre. Com esse apego estás amarrado.
E pode ser apego a qualquer coisa. A pessoas, a bens, a ideias, a ideais, a julgamentos, a palavras, a escolhas.
Apegaste-te quando notas que não queres abrir mão. Apegaste-te quando pensas que não mais vais perder. E é aí que começas a ser um candidato à perda.
É preciso desapegar.
Repara que todos os dias tens a oportunidade de desapegar. Quando ficas sem dinheiro momentaneamente é um sinal para começares a desapegar-te do dinheiro. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas ficam definitivamente sem dinheiro.
Quando um filho quer ser independente, é um sinal para começares a desapegar-te dele. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas ficam definitivamente sem os filhos.
Quando te sentires triste, chora. Permite-te fragilizar. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas começam a atrair sinais graves de fragilização, as doenças.
Permite-te desapegar das coisas, das ideias de que ser forte é que é, de que as coisas são tuas.
São pequenos lutos que doem. É verdade, doem. Mas evitam a perda definitiva.
Evitam que a vida seja tão dura convosco como vocês são convosco próprios."

__ Alexandra Solnado


domingo, 27 de abril de 2008

Caleidoscópio da Vida

A vida não passa de um caleidoscópio colorido em que cada um consegue antecipar apenas um pequeno fragmento daquilo que designamos como mundo. A combinação de todos os fragmentos é que vai permitir o ajustamento ulterior e finalmente, a realidade tal como a conhecemos.
Está claro que cada fragmento do mundo, ou seja, cada um de nós, vivencia cada momento como sendo único e que mesmo vários fragmentos do mundo ao vivenciarem os mesmos momentos irão sempre tomá-los como únicos. Mas é isso que faz a riqueza das cores deste Caleidoscópio da Vida!
E se é verdade que todos somos diferentes, não é menos verdade que todos somos iguais. E somos iguais porque todos amamos, porque todos tememos a solidão, a morte, porque todos procuramos a felicidade, porque todos temos medos e todos tememos os outros, mas no fundo, porque todos queremos ver para lá deste caleidoscópio.
Mas neste caleidoscópio colorido, existem fragmentos que não conseguem ver a realidade, não conseguem ver as cores e assim, deixamos de ter um mundo colorido e chegamos a um mundo a preto e branco. Branco para alguns mas preto para muitos. E é nessa selva do salve-se quem puder em que todos tentamos ser leões mas apenas alguns conseguem ser gatinhos, que pensamos acabar os nossos dias pois o desgaste da luta diária impede-nos de ver o arco-íris. E é nessa selva urbana que tantas vezes perguntamos onde tudo vai parar, onde isto nos vai levar e finalmente, quem sou eu e porque estou aqui. E é nesse desespero constante que deixamos de lutar. E é nessa angústia compulsiva que desistimos da vida. E vivemos feito robôs até o fim da nossa existência.
E vivemos, o melhor que podemos, e vivemos o melhor que sabemos. Mas como pedir ajuda sem nos darmos conta que precisamos. Como melhorar se nunca errámos, como duvidar se já temos as certezas, como procurar se outros já responderam, como viver se já estamos mortos!
Este Caleidoscópio da Vida merece ser vivido, por mim, por ti, por todos e não apenas por alguns. Por isso, se este post te parece ligeiramente depressivo, espero que compartilhes o alerta com todos os que amas. E com os que não amas. E com os que gostas e com os que odeias. E com os que ignoras e com os que desprezas... Sem fragmentos não existe caleidoscópio!
Se tens dúvidas da beleza da vida, muda o caleidoscópio de olho...