terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Revolução

... A vida tem mesmo destas coisas, tanto nos faz feliz quanto nos faz sofrer. A mesma causa, efeitos opostos. Nada nasce, nada morre, nada se perde mas tudo se transforma. Somos filhos da mesma massa emergente que um dia o acaso juntou e por isso o conhecimento/desconhecimento sobre nós e sobre o outro nos impele a esta vida estranha de procura constante mas regra geral infrutífera. O verdadeiro momento de felicidade reside em saber aproveitar os pequenos momentos criados diariamente mas, e quando isso não chega...? E quando buscamos mais...? E quando sabemos que podemos ter mais...? E quando precisamos de mais...? A vida tem mesmo destas coisas...

1 comentário:

Adriana disse...

Meu querido, tal como previas revejo-me nos teus escritos… tanto, ao ponto de emocionar-me…! Como poderei ficar indiferente se o que escreves está impregnado na minha alma, no fundo do meu ser…!? Estamos nesta caminhada há algum tempo, recordo… procura infrutífera, dizes… e como, exclamo eu!!! Somos nós que exigimos o impossível, ou o possível dos outros é-nos insuficiente para alimentar a alma, o corpo…?! Estou cansada, admito… por vezes falham-me as forças para combater essa apatia de sentimentos, entrega, emoções…! Abate-se sobre mim um desespero que leva ao desaguar das lágrimas no meu peito…! E quando pensam que te conhecem?! Que possuem a capacidade de decifrar as tuas próximas pisadas?!! Que desilusão…
Provavelmente o erro está em nós… nesta necessidade em sentirmos… da entrega…!?
Falta-me a segurança da partilha… e abomino o pragmatismo e sectorização do corpo/físico versus sentimentos/alma…! Sabes que nós não o conseguimos fazer… conscientemente dissimulamos essa realidade para os outros…! E para quê, pergunto-te? Que benefícios advém daí?!...
Que saudade em ter-te aqui, próximo de mim… se estivesses sairia agora de casa e iria aninhar-me junto a ti…no teu abraço, refúgio…! Quantas noites passámos em jantaradas e, nós os resistentes (incluindo o MP), ficávamos até de manhã na conversa… raras foram aquelas em que cansaço venceu-me e deitei-me ao vosso lado… não havia momentos desconfortantes ou silêncios ensurdecedores entre nós…! Já na altura tínhamos a consciência da nossa diferença…!
Por vezes falo com o MP… está na mesma caminhada que nós… procura incessante…!