quinta-feira, 22 de maio de 2008

E=mc²

O Tempo é relativo. Já todos perceberam isso. Existem três tempos: Passado, Presente e Futuro.
Todos temos de viver em algum desses tempos.
No presente, sem preocupações com o passado e sem objectivos ou ambições futuras, sem motivações, sem relações, não conheço ninguém. Não acredito que haja viabilidade neste tipo de vida. Essa é uma vida selvagem, animal, irracional, característica de seres sem raciocínio e sem responsabilidades.
Existem outros dois tipos de Vida.
A Vida no passado, excessivas preocupações com assuntos relacionados com o passado de cada um e com poucas ou irrelatadas ambições e objectivos. Pessoas com medo de enfrentar o futuro, inseguras, tímidas até, convenientemente fechadas em si mesmo e que não permitem que outras pessoas se aproximem, relações complexas com outras pessoas e dificuldade em fazer amigos.
A Vida no futuro, pessoas ambiciosas e com objectivos pouco definidos, sempre com novos projectos mas sem conseguir encontrar o mais adequado, lutadoras e dinâmicas, entusiasmantes e líderes.
Todos temos o direito de escolher o nosso modo de viver, mas sem esquecer que as nossas escolhas vão provocar efeitos e novas opções que nos podem arrastar a caminhos que não desejamos e que muitas vezes já não sabemos muito bem como voltar atrás.
Eu sempre me enquadrei na vida vivida no passado, não por escolha consciente mas sim por determinações da fórmula causa-efeito-causa. Na verdade, o esforço necessário para se conseguir saltar no tempo é apenas comparável a uma explosão nuclear interior. Mas é uma explosão cheia de cargas positivas e muito pouco destrutiva, se efectuada de forma consciente.
Estou a atravessar um novo tempo, algures entre o passado e o futuro e espero libertar-me do passado definitivamente. Vale a pena! Não desistam é o meu conselho. Pensem que pelo menos, a chave para perceber o passado encontra-se no futuro. Tempo e espaço existem lado a lado!

COINCIDÊNCIAS?

Vivemos no planeta Terra, isso é um facto. O Universo é enorme, talvez infinito, e há quem diga que existem vários universos. As perguntas são muitas: quem somos nós, como viemos aqui parar, existirão seres como nós espalhados pelo Universo, existirá vida fora da Terra, e talvez mais importante, existirá vida inteligente fora da Terra? Na incapacidade lógica de respondermos a essas perguntas de uma forma indubitável, fomos vivendo durante séculos e séculos de alterações nefastas à nossa Humanidade. Passamos por sucessivas eras de Trevas e Guerras estúpidas e inconsequentes que tiraram inúmeras vidas humanas e desgastaram o nosso Planeta até os dias de hoje.
A verdade é que somos frutos de coincidências físicas extraordinárias desde o Big Bang e a formação da matéria até inúmeras outras condições que permitem a vida neste Planeta exausto. Não sabemos ainda bem como tudo aconteceu, mas parece que algo de muito estranho emergiu do meio do Chaos, condição essencial para se chegar onde se chegou, e tal como a profusão de cores num caleidoscópio, a profusão de informação pelo espaço recém criado, permitiu em última instância a vida complexa como a conhecemos.
Somos fruto de coincidências físicas extraordinárias que permitiram a nossa existência!
Então para que as guerras, a fome, a devastação, a ignorância, a ambição de poder, o egoísmo, o desprezo pela natureza e pelo ser humano?
Somos fruto de coincidências físicas extraordinárias que permitiram a nossa existência! O Universo compactuou e convergiu para a vida neste planeta e como é que pagamos essa ajuda preciosa? Tentando destruir o nosso planeta e destruir a raça humana?
Vivemos num constante Big Bang onde a matéria ainda se está a formar e ainda nos resta algum tempo, o Universo ainda está a expandir-se e a formar novas estrelas, galáxias e talvez vida. Até quando vamos demorar a perceber que temos todos os argumentos para sermos felizes sem precisarmos andar envolvidos nestas disputas bárbaras e inconsequentes?
Sejam felizes, procurem a felicidade, ajudem os outros a ser felizes, sejam felizes…
Dias mais coloridos a todos!

“Os dias não são tristes por serem cinzentos
ou alegres por serem de sol.
Eles reflectem, apenas
o que temos dentro de nós.”

EFEITO BORBOLETA

Após o estabelecimento da teoria do efeito borboleta, largamente aceite pela comunidade científica em geral, compreendemos melhor o que se passa ou passará no nosso planeta. De facto, se um ligeiro bater de asas de uma borboleta pode causar tão graves danos do outro lado do mundo, isto não significa mais do que estarmos completamente desgovernados e não termos outro remédio que não seja defendermo-nos das ameaças que se nos deparam da melhor maneira possível.

Mas no meu entendimento, o efeito borboleta tem um sentido mais lato do que o referenciado pelos escolásticos. O efeito borboleta pode e deve ser generalizado a todos os quadrantes da vida na Terra, servindo como causa original mas gerando sucessivos e incomensuráveis efeitos que gerarão novas causas numa infindável propagação de transformações irreparáveis. Assim, este constante causa-efeito-causa revela o que realmente se passa no nosso planeta e mesmo nas nossas vidas. Todos os efeitos tiveram uma causa e esses efeitos vão gerar novas causas e assim sucessivamente com tendência para o infinito. A nossa vida está determinada pelas escolhas que fizemos e opções que tomámos e se pensarmos que somos livres de escolher, só o somos baseados nas escolhas que temos à nossa frente derivadas das opções anteriores. Entendem?

Foi a pensar nas tragédias recentes no Myanmar e Sichuan que escrevo este texto. A eles quero prestar a minha homenagem mais sincera. Aos mortos, desejo paz eterna, aos sobreviventes desejo dias mais coloridos neste caleidoscópio da vida.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O caminho para o despertar

O caminho para despertar através das Quatro Nobres Verdades:

A primeira é a constatação de que a condição humana é sofrimento. Esse sofrimento emerge da Segunda Nobre Verdade, que é a nossa dificuldade em encarar o facto básico da vida, o de que tudo é transitório. Todas as coisas nascem e morrem. Nós sofremos porque nos agarramos ao sonho da vida, às ilusões dos sentidos, à fantasia de que é possível manter tudo como está, e não aceitamos que o mundo é um rio que passa. É esse o nosso karma. Vivemos na convicção de que somos seres individuais, quando na verdade fazemos parte de um todo indivisível.
A Terceira Nobre Verdade estabelece que é possível quebrar o ciclo do sofrimento, é possível libertarmo-nos do karma e atingir um estado de total libertação, de iluminação, de despertar. O Nirvana. É aqui que a ilusão de individualidade se desfaz e nasce a constatação de que tudo é uno e que nós fazemos parte do uno.
A Quarta Nobre Verdade é o óctuplo caminho sagrado destinado à supressão da dor, à fusao com o uno e à elevação ao Nirvana.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Solidão

A Solidão, esse mal que nos aflige a todos em diferentes fases da nossa vida, todos sabemos o que é.
A Solidão vem sempre acompanhada de uma voz sem som ou um som sem resposta.
A Solidão é estar sozinho.
A Solidão é não ter ninguém.
A Solidão é não ter com quem falar.
A Solidão é vazio.
Mas a pior solidão de todas é quando não estamos sozinhos mas é como se estivéssemos, é quando temos alguém mas é como se não tivéssemos, é quando falamos mas ninguém nos ouve, e mesmo acompanhados o vazio está lá. A pior solidão é sentires-te ignorado pelos que estão a teu lado.

Tropecei nela
Senti torcer-se-me o coração,
Mas, a dor..., essa dor, era tão forte
Dor de Alma, dor de Coração, dor de Amor
Dor de Ausência, dor de Paixão, de Desamor
Dor, dor, dor!
Duas lágrimas, teimosas, rolaram
Caíram no chão
Essa dor, eras tu
SOLIDÃO


domingo, 4 de maio de 2008

Apego

" Todos os dias, a vida dá-nos a possibilidade de restabelecermos prioridades.

Todos os dias, a cada hora, o Universo reharmoniza o que está descentrado. Tudo o que não está no eixo será modificado pelo sistema energético.
Em cada dia que pensas que possuis algo, mesmo que seja de uma forma inconsciente, o Universo prepara-se para to retirar.
Mesmo que não percebas, a cada instante estás a apegar-te a algo. A cada instante com esse apego, estás a deixar de ser livre. Com esse apego estás amarrado.
E pode ser apego a qualquer coisa. A pessoas, a bens, a ideias, a ideais, a julgamentos, a palavras, a escolhas.
Apegaste-te quando notas que não queres abrir mão. Apegaste-te quando pensas que não mais vais perder. E é aí que começas a ser um candidato à perda.
É preciso desapegar.
Repara que todos os dias tens a oportunidade de desapegar. Quando ficas sem dinheiro momentaneamente é um sinal para começares a desapegar-te do dinheiro. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas ficam definitivamente sem dinheiro.
Quando um filho quer ser independente, é um sinal para começares a desapegar-te dele. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas ficam definitivamente sem os filhos.
Quando te sentires triste, chora. Permite-te fragilizar. É por não aproveitarem estes sinais que as pessoas começam a atrair sinais graves de fragilização, as doenças.
Permite-te desapegar das coisas, das ideias de que ser forte é que é, de que as coisas são tuas.
São pequenos lutos que doem. É verdade, doem. Mas evitam a perda definitiva.
Evitam que a vida seja tão dura convosco como vocês são convosco próprios."

__ Alexandra Solnado